Home, Sweet Home
A Casahall Design District se destaca por ser um complexo para compras sofisticado com showrooms de design de interiores, mobílias e iluminação. Um dos espaços de maior importância para a arquitetura e design no país.
Para o “Anuário 2022” da Casahall Design District, produzimos com muito carinho um material especial sobre o momento que estamos vivendo de se reconectar e ressignificar o olhar para o lar. Confira a matéria completa.
HOME, SWEET HOME
Quando, no século XVIII, o dramaturgo norte-americano John Howard Payne escreveu a letra da música “Home, Sweet Home” para a ópera “A Donzela de Milão”, o mundo passava por grandes e profundas transformações. O ímpeto conquistador começava a dar lugar à necessidade fisiológica por conforto e a Revolução Industrial Apontava um caminho sem volta: a da realização pessoal. E a música logo se tornará hino. Durante a Guerra Civil Americana, suas notas foram entoadas com a alegria de quem, finalmente, voltaria ao lar.
Contra todas as asperezas que o mundo proporciona, a morada se fazia reduto da calma e do amor. Um lugar tão doce quanto sagrado. Um oásis em tempos de cólera.
“NOW, LET’S GO BACK TO THE FUTURE”
O rodeio dos dois primeiros parágrafos não foi em vão. Essa viagem no tempo nos pareceu necessária para contar que a vida, há tempos, clama por despressurização. A pandemia, que ainda nos assola, só desperta a lembrança de obviedades que, por muito esquecemos, a troco de uma insalubridade cotidiana, em que a tão querida residência se torna apenas ponto de repouso.
Quando paramos de olhar para dentro, de cuidar de nossa saúde física e emocional, o primeiro retrato dessa derrocada é o ambiente onde vivemos.
Então, o inesperado acontece. Em uma realidade distópica, somos obrigados a retornar. Procuramos pelo abraço indispensável e precisamos encontrá-lo em casa. Pode parecer
duro mas, o prazer de voltar ao lar está intimamente ligado ao que nos espera. Aquele beijo diário, a história recheada de sorrisos, o prazer em colecionar pequenos fragmentos de você. Quando decoramos uma casa, tudo que lá está contido declama quem somos e isso deve ser motivo de orgulho. Cada objeto toma de assalto um significado que parte do motivo de sua curadoria. Tudo tem uma razão. Tudo tem um porquê. Tudo tem seu DNA.
Singelos castiçais são como luz ao seu interior Vasos carregam a essência de toda uma vida. Entre tantas histórias possíveis, a intercessão passa pela alegria da escolha e pelo toque pessoal. Um presente, uma recordação ou puro prazer estético. Não importa. Quando um objeto está ali, posando sobre a mesa, dá boas-vindas à alma de quem o colocou. E, podemos estar errados, mas nada é mais sensacional do que se redescobrir todos os dias. Pequenas mensagens cotidianas que dizem exatamente quem é você e descortinam caminhos.
Nossas casas devem ser portos seguros. Lugares de pronto restabelecimento e, para que isso ocorra, é preciso que ambientes e seres humanos estejam afinados. Todos os detalhes devem ser únicos e condizentes com aquilo que te faz pulsar. Adornos, sejam eles quais forem, são aliados na construção de identidades e precisam ser portadores de constantes boas novas. Para finalizar, nos permitiremos a ousadia de aconselhar os leitores com três dicas simples e eficientes. Não se prenda a paradigmas, escolha se sentir bem. Colecione mensagens e memórias, não produtos. Sorria e faça sua casa sorrir.